A Beira-Mar é do povo e por isso vamos ocupá-la!

Após a passeata da última sexta ter sido atacada de forma violenta pela Polícia Militar, para que os cerca de 20 mil manifestantes não prosseguissem, em uma clara tentativa de impedir o direito de livre manifestação, voltaremos às ruas para ocupar a Beira-Mar.

Depois de agir de forma truculenta e disseminar uma versão inverídica de que não foi a PM quem iniciou o conflito, fomos surpreendidos com um convite do Comando Geral da Polícia Militar para uma reunião de negociação sobre o ato de hoje. Em todos os atos tentamos negociar na rua, e quando nos foi garantida passagem nunca houve problemas.

Não participaremos dessa reunião porque não cabe à PM determinar e limitar o direito de livre manifestação da população. Também não nos reuniremos com a PM porque nós nem nenhum grupo pode negociar em nome das milhares de pessoas que participam de nossos atos. Nossa negociação é nas ruas!

Esclarecemos que a ideia inicial da manifestação é de que após a concentração no Trapiche o ato siga ocupando a Beira-Mar em manifestação rumo ao TICEN.

Ressaltamos que o caráter de nosso ato é pacífico e esperamos da PM a mesma disposição de não usar da violência, para que os lamentáveis episódios da última sexta-feira não se repitam. Para que o ato possa transcorrer com um clima de tranquilidade, esperamos que a hostilidade e truculência da polícia não se repitam, bem como a ausência do uso de identificação na farda dos policiais.

Manifestar-se é um direito e direito não se negocia!

FORA TEMER! NENHUM DIREITO A MENOS!

Florianópolis, 6 de setembro de 2016
Rede Fora Temer – Floripa

3 comentários sobre “A Beira-Mar é do povo e por isso vamos ocupá-la!

  1. Democracia é um regime de construção e aquisição permanente de direitos. Direito de protestar é legitimo, assim como o direito de greve. Na democracia, a negociação é uma pedra angular, além de refletir principios de respeito ao contraditório e ao direito de ir e vir. Por isso é preciso negociar as regras básicas que são de caráter publico. O publico é um bem comum. A coordenação do movimento deve negociar as regras do protesto com o poder publico e assim a população em geral é informada. Ganhamos todos e com isso fica mais claro quem abusou da autoridade.

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